domingo, 6 de julho de 2014

Amor líquido - Z. Bauman

"Líquidos mudam de forma muito rapidamente, sob a menor pressão. Na verdade, são incapazes de manter a mesma forma por muito tempo. No atual estágio “líquido” da modernidade, os líquidos são deliberadamente impedidos de se solidificarem. A temperatura elevada — ou seja, o impulso de transgredir, de substituir, de acelerar a circulação de mercadorias rentáveis — não dá ao fluxo uma oportunidade de abrandar, nem o tempo necessário para condensar e solidificar-se em formas estáveis, com uma maior expectativa de vida.
[]Amor líquido é um amor “até segundo aviso”, o amor a partir do padrão dos bens de consumo: mantenha-os enquanto eles te trouxerem satisfação e os substitua por outros que prometem ainda mais satisfação. O amor com um espectro de eliminação imediata e, assim, também de ansiedade permanente, pairando acima dele. Na sua forma “líquida”, o amor tenta substituir a qualidade por quantidade — mas isso nunca pode ser feito, como seus praticantes mais cedo ou mais tarde acabam percebendo. É bom lembrar que o amor não é um “objeto encontrado”, mas um produto de um longo e muitas vezes difícil esforço e de boa vontade. " Z. Bauman

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Eu vou...

Eu ainda vou sair por ai, pelo mundo, simplesmente para viver, simplesmente para acordar e respirar, poder admirar o pôr-do-sol, o nascer do sol, respirar o frio, observar a chuva cair, inspirar, sentir frio, sentir calor, sentir solidão, ouvir o silêncio. E quando sentir alguma nostalgia e saudade, vou lembrar-me de levar anotado num caderninho e consultar, todas as injustiças e todos as coisas e pessoas negativas que tive de conviver e aprender e vou lembrar porque simplesmente decidi viver a minha vida e não a vida que outros queriam que eu vivesse, escravo da maldade e de um sistema escravizante e degradante, com pessoas mesquinhas e doentes pelo poder.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Pensando...


É estranho, as pessoas são estranhas.
Eu acho o facebook uma rede interessante, apesar de me cansar com relação à propaganda, mas estou falando da relação das pessoas.
Existem pessoas ali que ficam só falando de Deus, de Jesus, de botar nas mãos de Deus etc. e tal, porém, na vida real... essas pessoas perdem muitas oportunidades de praticar o Deus que elas “louvam”, muitas mesmos. Por exemplo, quando na parte de respeitar os outros, respeitar a fala, o ouvir, a profissão, o trabalho do outro, viram o demônio, mas estão lá, falando de Deus... fico pensando se esse Deus das pessoas se realmente ele se importa que fiquem nessa doença de publicar coisas com seus ditos, porque dizem que foi ele, mas ninguém pode provar e em nome de seus ensinamentos ficam em suas orações só pedindo coisas egoístas e se esquecem de que seu Deus é amor, é o amor pelo próximo, e amar o próximo não é se pegar com ele, levar pra casa, mas é sim respeitá-lo, por exemplo dando bom dia, boa noite, falando obrigado, silenciando-se no momento oportuno.
Vou puxar sardinha pro meu lado, eu tenho muitos alunos e ex-alunos na minha lista de amigos, gosto de tê-los, assim os conheço melhor, já que nosso tempo é pequeno demais, mas tem alguns alunos que falam de amizade, respeito, Deus etc. e são verdadeiros demônios em sala de aula, xingam, gritam, como se estivessem numa festa, num bar, a única coisa que não conseguem é respeitar as pessoas que estão no seu ambiente de trabalho, como o professor, a faxineira, o inspetor, o coordenador, o orientador, a diretora, todos, todos, todos.
Não sei que relação de barganha é essa que eles levam, onde o simples fato de falar de Deus, de assistir uma missa ou celebração, ou sei lá o que queira que seja, faz com que estejam perdoados de infernizar a vida de quem está trabalhando. Assim como eles que trabalham, seus mais, amigos, porque numa sala de aula eles precisam mostrar toda a falta de respeito e toda a potência das vozes que possuem, parece uma disputa. Uma disputa idiota, porque assim como na igreja, no templo, existe uma relação de troca. O pastor, o padre fazem essa relação daquilo que estudaram, daquilo que sabem, daquilo que conhecem e as pessoas ouvem com fé e respeito. Mesmo assim, mesmo tendo estudado tanto quanto um padre, um pastor, o professor vai trabalhar esperando essa relação onde o aluno está pronto para compartilhar de sua fé no senso estabelecido, na preparação crítica da vida, seja profissional, seja em questões que possam te fazer entender melhor a vida que levamos.

É muito estranho.