terça-feira, 3 de maio de 2011

Um dia, todos os dias... um ser... especial... (Mãe!)


Vejo muita gente falando sobre amor de mãe, vejo muita gente admirando ou dizendo certas coisas sem ter noção do que se trata, mas assim são as pessoas, falam e falam daquilo que não sabem direito... as pessoas gostam de expressar suas opiniões... as vezes porque são contagiadas pelo momento midiático e pelo assunto abordado em sociedade, mas isso tem tempo determinado para começar e terminar.
Mas acho difícil qualquer pessoa que não viva esse papel poder dizer sobre ele, ninguém, a não ser as próprias mães podem dizer o que é isso. Ninguém também nos conta das dificuldades que iremos enfrentar para o resto de nossas vidas, ninguém diz que muitas noites vão ser vividas em claro, sejam quando bebês, seja quando adultos, seja enquanto vivemos. Ninguém conta das dores de barriga que teremos, da sensação ruim quando eles ficam doentes, quando se atrasam e você pensa em tudo de ruim, menos num simples atraso. Ninguém nos relata sobre a sensação ruim quando eles não nos ouvem da primeira vez, da segunda, da terceira e não ouvem mesmo. Quando eles teimam e batem o pé quando querem algo e não sossegam enquanto nós não mudamos nossa opinião. Ninguém diz isso. Eles só contam os sorrisos, o colinho quentinho, o abraço desinteressado.
Ninguém conta que você nunca mais será você depois de ser mãe. Que você vai acabar perdendo um pouco de você e vivendo muito da vida deles, mesmo querendo que eles vivam a própria vida, a sensação de abandono que temos quando eles precisam aprender sozinhos é imensa, é terrível a culpa de deixar o filho crescer, ninguém conta isso. Que eles crescem, que já não dependem tanto da gente, que os amigos vão tomando um espaço maior, que outros assuntos vão sendo mais importante que simplesmente estar em casa com a mamãe, e brincar com qualquer utensílio da cozinha e fazer barulho... vai chegar a hora que eles silenciam um pouco e você vai se perguntando o que esta acontecendo... será que eu não tenho mais importância? Mas eles estão crescendo... e isso acontece tão rapidamente, que a fralda suja, o choro no meio da noite, as cólicas e o cheirinho do bebê, essas sensações que os comerciais relatam vão ficando num mundo distante, guardados somente no nosso coração e nas fotos que raramente visitamos...
E eles vão se tornando gente, com personalidade própria, a sua opinião na escolha das roupas já não é tão importante assim, os beijos e os abraços também vão diminuindo... e quando você quer, tem de pedir. Os bilhetinhos feitos na escola diminuem drasticamente e a dor e o prazer de ser mãe se confundem com a obrigação.
Mas nada, nem naqueles momentos em que você esta extremamente irritada, bufando, louca com a teimosia e o enfrentamento deles, são capazes de tirar a sensação de que aquela pessoazinha, tem um pouco ou muito de você, que ela é inteligente e teimosa, porque fomos um dia, porque você também contribuiu para que ela fosse assim e que você fez sua parte e ainda fará enquanto existir e que não há nada mais gratificante e não há amor mais verdadeiro do que o de uma mãe e que você faria e fará, mesmo que não deva, tudo para esse ser, seu filho.
Parabéns por hoje, por ontem e por amanhã, porque o dia da mãe é a eternidade.

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