sábado, 27 de janeiro de 2007

Jogos de interesses

Canso-me de ver certas coisas se repetirem... Jogos de interesse... Vou exemplificar... existe um caso de uma pessoa muito inteligente, que faz um jogo até certo ponto inconsciente e de outro modo bem consciente porque consegue manipular e ditar as regras. Ela tem um dramalhão na vida, seus problemas são os maiores e os piores, ela merece toda a atenção e quando algum problema se resolve, ela começa a viver outro drama, às vezes inventado, para não perder a atenção, porque é uma pessoa extremamente carente e precisa que alguém olhe para ela. Do outro lado está aquela pessoa amiga, interessada, que está sempre disposta a resolver e apoiar os problemas alheios, aquele amigão que você liga de madrugada e vai te atender com todo amor, dispor de tudo o que é relevante para ele para resolver os problemas do amigo desamparado e sofrido. Quem não quer chamar alguém assim de melhor amigo?

Pois é, jogos de interesse, de poder. O sofrido porque consegue manter o outro por perto quando ele quer; é só estalar os dedos, só sofrer um pouquinho e pronto, ele tem o ser nas mãos, manipula-o. Do outro lado, o camarada atencioso sabe que alguém precisa dele, ele tem o poder porque consegue que alguém necessite de sua amizade e carinho, ele precisa ser amado, assim como o sofredor; fora que é sempre confortador achar que alguém tem mais problemas que a gente, isso nos torna mais corajosos para enfrentar os nossos problemas que são tão insignificantes perante o drama mexicano vivido pelo amigo.

Assim se estabelece o poder. Simplesmente jogo de interesses.

Mas quando alguém se faz de vitima em demasia e com um único problema, depois que o companheirão dispôs sua opinião e com certeza ele é sensato o suficiente para que o opção que ele deu foi muito boa, existe um tempo para o cumprimento dessa “meta”, e quando o sofredor não consegue cumpri-la e posterga a solução, esse quadro fica cansativo e começa-se a desmerece-lo, porque tem-se a consciência de que ele precisa viver o sofrimento para que os alheios tenham pena dele e sintam sua dor... e quanto mais “amigos” ele conseguir manter nessa teia, maior seu poder de dominação...

Mas há também os engajados, sofredores com uma criatividade fenomenal, eu diria que eles são os escritores das novelas, porque nunca se pode piorar tanto a vida como tal. Sabe aquela pessoa que nem é mais desgraçada, ela é uma calamidade pública. Os problemas que são pequenos tendem-se a se resolver com facilidade, mas logo em seguida, “aparece” um pior. E a simples dor de cabeça torna-se uma perseguição.

E sabe como é né, saber que alguém tem problemas maiores que a gente é muito melhor, porque ver dramas televisivos e “achá-los” em mentes reais é tão confortante, faz tanto sentido. A vida ganha um brio quando a televisão é reconhecida no dia-a-dia, encarnada em personagens reais, será que a arte é que imita a vida? Ou o contrário, as pessoas encarnam seus fetiches e tentam ser e atuar o mais brilhantemente possível?

Não sei, vou pensar nisso. Sabe, porque se a vida for simples e fácil, não tem graça nenhuma.

Tô de saco cheio disso!

Um comentário:

Anônimo disse...

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