domingo, 24 de janeiro de 2010

Lei Maria da Penha, uma vitória...?!?

Uau! Agora sim, as mulheres estão seguras. Nossa, isso até parece sentença, estar segura do amor que ela escolheu um dia, e amor não devia ser uma coisa boa, algo renovador que enche a vida de cor e de alegria?
Então que nome poderia dar para homens que agridem suas companheiras? Assassinos? Covardes? Bárbaro? Acho que não poderia chegar a um nome adequado, porque não existe nome para o tipo de ato que essas pessoas (se é que se pode chamar de pessoa) uma pessoa que agride e mata o amor da sua vida. Seja por qualquer causa que se tente justificar, há quem mate em nome de Deus, há quem mate em nome do amor, pelo menos em suas cabeças, mas suas justificativas são tão baixas quanto sua própria existência.
Parece tão inocente acreditar que essa lei, que demorou tanto tempo para ser aprovada, diante de um código civil machista e ultrapassado, diante de uma sociedade que usa as mulheres como objeto de sua mais amoral face instintiva animal, onde uma pessoa para se sentir mais homem precisa matar a pessoa que diz amar para continuar com sua honra intacta, mesmo que ele vá para a cadeia, que não amedronta ninguém, afinal temos advogados famintos, que se formaram para defender a lei e a ordem (da sua conta bancária) e com poucos argumentos no nosso frágil sistema legislativo, consegue facilmente umas brechas e ele vai acabar com pouquíssimos anos de cadeia efetivo, já que um assassino, pode ter um “bom comportamento”, ser réu primário etc. e tal, mesmo que venha ou não se arrepender do que fez, destruiu a vida de não só uma, mas de várias pessoas por causa de sua não condição humana.
Eu me pergunto, qual o papel da justiça social, divina para quem acredita nela, qual a ordem, que depois de milhares de anos, o ser humano, conseguiu organizar e constituir democraticamente, diante de uma sociedade fragmentada e frágil, escondendo diante de suas válvulas de escape, seja modernos como as compras compulsivas, sejam os antigos como as drogas (algumas novas e moderníssimas) ou o álcool. Até onde temos que ir, onde musicas vexativas, que explorar da inocência e da debilidade da personalidade de cada um ainda trata a mulher como um meio de prazer apenas, onde a cerveja está associada à mulher com um corpão escultural, onde os homens continuam reinando soberanos nos seus papéis de machos sem escrúpulos, fingindo que suas mães também machistas e as piadinhas que escutaram desde pequenos, onde devem ser opulentos caçadores viris, não influenciam em suas personalidades fracas e sua vida sem sentido e decência.
De alguma forma, todo mundo contribui para que a barbárie continue a vigorar e de certa forma, isso é auto-ajustável num sistema que precisa se justificar falho para continuar dominante e dominado, por mentes tão débeis quanto vis.
A aprovação da Lei Maria da Penha, que aumenta o rigor das punições das agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar, não adianta muita coisa, porque os agressores (aqueles com intenção de matar) como disse, estão pouco preocupados com a punição, as denuncias que as mulheres fazem, de pouco adianta pra essas que fatalmente irão ser vítimas, porque esse tipo de sentença é só mais um peso diante da nossa frágil polícia, que já está saturada e corrompida, assim como todo o fracassado sistema social de uma maneira geral, que inocência senhor presidente, é preciso reestruturar muito mais embaixo para que qualquer lei venha a ter resultados reais... a base da nossa sociedade é o deficiente sistema educacional, coisa que nenhum presidente, governador ou prefeito tem coragem de mexer porque efetivamente suas cabeças também estariam no páreo se a grande massa da população começasse a usar o cérebro ao invés das mãos.

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